sábado, 20 de outubro de 2012

"A Adorável Vida de Catarina " no Acre

*Catarina tem uma amiga do Acre, e acredita ser um ser muito especial por conta disso. Quantas pessoas nesse país, digo mais, no mundo, conhecem alguém do Acre nessa vida de meu Deus? 



* "Você já tomou carreira de jacaré?"  pergunta a menina do Acre para os outros coleguinhas. Todos paralisam e se perguntam se carreira de jacaré é um novo drink do  verão, um codinome pra cocaína  ou um novo movimento de MMA. Ela explica "Nadar em certos lugares do Acre pode ser perigoso... Se viu uma ondinha chegando perto de você no açude corre que é jacaré... Eu tomei carreira de jacaré várias vezes. Cansa,viu?". Depois de ver que não faltava nenhum pedaço da amiga, Catarina olhou a "singela" cicatriz do próprio braço causada por um pequeno vira lata nos anos 90 e pensou: "Poser!"



* Na piada de choque cultural numero 1375 desde que conhecera a menina do Acre, Catarina não pôde deixar de morrer de rir ao descobrir que pepetas no Acre são pipas. O que poderia criar situações constrangedoras:
Menina do Acre: Oi moço, vamos lá em casa brincar de pepeta?
Menino de São Paulo ( não sem certa empolgação): Claro vamos!
Menina do Acre trás linha, varetas, papel e cola: quero uma pepeta bem bonita!
Menino de São Paulo sai correndo.

* Pesca-se piranhas no Acre. Come-se piranhas no Acre, é uma iguaria muito apreciada. Só há que se tomar cuidado com certos lugares onde elas possam estar, por conta do perigo. E pensando nisso Catarina não via nenhum trocadilho maldoso, mas a constatação de que, uma pessoa, pra morar no Acre, tem mesmo de ser muito valente...

* Falando em valente, dia desses Catarina conheceu o moço mais valente do Brasil. Mas como o assunto deste post é só sobre o Acre , deixa pra outro dia...



terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Adorável Vida de Catarina - Polêmica


    Uma vez a Catarina conheceu um cara que era feio e ficou com ele depois de três copos de vodka. Ela chamava ele de Shrek pelos cantos, por que ela não era uma moça de bom coração. Até gostava de conversar com ele pela internet, mas tinha muita preguiça de vê-lo pessoalmente, a principio, por que, como já sabemos, ele era feio.
    Uma vez ela descobriu então que ele tinha três mamilos. E deu muita risada. Não na frente dele, que Catarina podia não ter bom coração, mas tinha alguma educação. Era moça boa, de boa família e tinha boas prendas. Viu o terceiro mamilo e preferiu pensar na guerra do Afeganistão, que considerava uma coisa muito, muito triste. Mas depois se arrependeu de não ter rido, por que o moço merecia as risadas, para aprender a deixar de ser mal educado! Esse tipo de coisa se avisa antes, não se deixa a pessoa descobrir assim no susto, vai que a sujeita tem problema de coração? Ele não fora nada gentil não avisando-a previamente do mamilo intruso que ele tinha entre os mamilos normais, que ficam um em cada peito. Era uma mamilão na boca do esôfago, aquilo podia matar alguém de susto, era mesmo uma indelicadeza da natureza.
   Três mamilos não são bacanas, é muito mais polêmica pra uma pessoa só, tanto que não deu certo. Um  belo dia o mamiludo resolveu que queria outra moça (que provavelmente tinha três mãos, e poderia lhe satifazer mais plenamente, uma mão em cada mamilo, mexendo-se frenéticamente!)
  Catarina pensava nisso e desandava a rir sozinha no ônibus. E dai todo mundo achava ela louca. Mas nesse caso não havia guerra no Afeganistão que a fizesse parar de sorrir. É que o sujeito tinha se mandado com a "trimãos" faltando uma semana pro carnaval. E o carnaval de Catarina aquele ano...enfim...Contar-se-a outro dia nesse blog.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A Adorável Vida de Catarina II - Rapidinhas

* Catarina foi com algumas amigas a uma balada dessas onde todo mundo é muito rico ou todo mundo finge que é muito rico, ou ninguém é rico coisa nenhuma, todo mundo entrou vip mas não conta pra ninguém. Era muito bonita a festa, era muito boa a música e muito bons os "drink", que com certeza dariam ressaca no outro dia, por que  um figado criado com Banhauss não consegue discernir o que é Absolut. Enfim.
   Catarina dançava e o rapaz a paquerava, dançava e paquerava, até que o mocinho de gola polo aproximou-se e disse, com todo lirismo e poesia que o momento pedia: "Oi, tudo bem? Eu tenho uma empresa!".
E ela pensou em várias respostas possíveis:
a) Sério? Por que eu tô desempregada, tenho um currículo aqui na minha bolsa, será que não dava pra você me arrumar um emprego?
b) E eu tenho várias propriedades!Acabei de comprar a Avenida Nove de Julho e a Avenida Rebouças. Construí quatro casas e um hotel por lá. (Diz enquanto tira cartas do Banco Imobiliário da bolsa)
c)  Eu tenho um fiat uno 96, vermelho, único dono. Quer trocar?
d) E nome? Você tem?
Catarina escolheu alternativa D, mas todas as outras se encaixariam perfeitamente.

* Catarina andava as voltas com uma paixonite besta por um cara que não sabia que ela existia. E Catarina não cogitava a ideia de que alguém não soubesse que ela existia, por que ela tinha o hábito de balançar os braços para cima e mover a cabeça enquanto falava, quase uma dancinha de axé mal coreografada dos anos 90. 
  Catarina nunca soube ser sutil e tampouco queria se arriscar pelo escândalo. Inconformada andava pelas ruas com o mp3 no ultimo, pensando que jamais saberia se era correspondida, por que ele, ao contrario dela, era tão sutil, mas tão sutil, que se tomasse um chute nas partes era capaz de soltar um sussurro de leve e continuar caminhando como se nada tivesse acontecido... 





segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Pobreza....

Olhou pela janela e concluiu: assim como a fumaça leva embora a nicotina do cigarro, se esvaíra dela toda e qualquer capacidade possível de apego. Suspirou. Pobres rapazes. Pobre dela. Pobre do mundo que já não se recupera. Pobres. Pobres. Pobres.