sábado, 23 de junho de 2012

Sobre o Rio de Janeiro : Garota de Ipanema

Quando perguntei pro meu pai quem era mais bonita entre duas amigas minhas me arrependi amargamente. Por que a ele, enquanto sujeito profundo, filosófico, sociológico e pensante que é, não bastou dizer que uma ou a outra, ou as duas. Mas passou horas divagando sobre a beleza e sua constituição não apenas física, mas também abstrata, algo que provém do interior do ser humano e blá blá blá (boring). No fundo essa é mesmo uma questão bem complicada, por que levando-se em conta o padrão de beleza absurdamente dificil de ser alcançado hoje em dia conclui-se que a maioria ama mesmo feio, mesmo que o feio ainda assim lhe pareça feio e que nem amor nem álcool possam fazer algo positivo em virtude disso.
Até por que, na cabeça de cada brasileiro a garota de Ipanema tem uma cara diferente. E todo mundo se sente um pouco musa do Tom Jobim quando anda por aquele calçadão em direção a areia, mesmo que esteja acima do peso, celulites saltando as pernas e o cabelo com um palmo de raiz de outra cor. Joga-se o cabelo ao vento na luz dourada da tarde se mergulha no mar com vontade. Toma-se um capote poético, levanta-se, arruma-se o biquíni. E volta a ser bossa nova. 

Um comentário:

Lígia disse...

Nossa.... Perfeito!!!