domingo, 13 de março de 2011

Thiago' s Sweet Dreams..


O Tiago sempre dormia.Dormia na aula,dormia em casa.Ele sempre perdia o ônibus por que sempre dormia no ponto.Dormia nas férias,dormia na praia,dormia na praça.

As pessoas no começo achavam graça,porém ,após algum tempo se cansaram de assistir Tiago dormir no meio das conversas.Ele dormia e seu sono contagiava as pessoas.

Após a idade escolar ele passou a dar cursos para insones,nos quais ele apenas dormia e bocejava,contagiando os outros.

Se casou coma mulher de seus sonhos mas,não tiveram filhos.Ele dormiu na noite de núpcias.Se aposentou cedo,por invalidez.Era impossível trabalhar com tanto sono.

A vida para ele passou como num sonho e ele nem sentiu a diferença quando finalmente descansou em paz!

Um texto bobo da minha adolescência...

A Invasão

Marielle chegou da faculdade e pegou o elevador.Encontrou com Tancinha como todos os dias:

-Que canseira,meu Deus!-disse Marielle se encostando no espelho do elevador.

-Só você?

-Tudo que eu quero é chegar em casa e desabar!

-Ah nem me fale eu tenho sonhado com esse momento!-riu Tancinha.-E ai,tem ido bem nas provas?

-Acho que sim.Metade do meu cansaço é de tanto estudar!

-A vida é assim mesmo!Até amanhã!-despediu-se de Tancinha enquanto a porta do elevador se abria em seu andar.

-Ate...-respondeu Marielle enquanto a porta do elevador se fechava novamente.Seu apartamento era dois andares acima do de tancinha e ela estava quase cochilando enquanto não chegava seu andar.Quando a porta do elevador se abriu novamente,ela tateou as chaves na bolsa e mal pode crer quando finalmente abriu a porta de sua casa e acendeu a luz e...

- Ah!!!!!- ela ainda gritou assustada por que todo cansaço dera casão ao nervosismo e ao susto, assim que colocou os olhos no sujeito que estava deitado no seu puff.

-Poxa eu também estava com saudades!-disse o sujeito se levantando e indo em direção a Marielle.

- Mas meu Deus do céu, como você entrou aqui!?

-O porteiro me arrumou a chave mestra. Sabe como é, a classe ajuda a classe...

- Olha, eu vou chamar a policia e vou dar queixa de vocês dois! Isso é invasão de domicilio!

-Invasão por que?

-Por que este é o meu domicilio e você invadiu!

-Foi uma surpresa ótima!

- Eu mal te conheço! Quer dizer,se é que você é mesmo quem eu acho que você é...

-Sou eu mesmo Daniel Moraes, ao seu dispor princesa!

-Pfuuu!Eu nem lembrava mais que você tava vivo!

-Vivo e muito ativo!

-Tira mão de mim seu convencido! Se você não sair daqui agora eu vou chamar a policia!

-Eu viajei horas pra chegar até aqui!

-Caramba você achou mesmo que ia chegar aqui ,invadir meu apartamento e eu ia achar legal?

-Qualquer outra acharia!

-Somando tudo que você já fez, nem se você fosse o Chuck Norris!

- Eu mudei,juro!Sou outra pessoa agora!

-É eu notei mesmo que você ta bem gordinho....

-Eu?-perguntou Daniel enquanto conferia os vários pneus ao redor do abdômen.

-Engordou sim! Branco desse jeito ta parecendo um leitão! Engraçado.Tem gente que engorda e fica um charme,fica fofíssimo, mas você....

-Eu...?

-No seu caso é só colocar uma maçã na boca temperar e por no forno!

-Você anda muito sarcástica pro meu gosto viu,gata! Você não era assim!

- Sai da minha casa!-ordenou Marielle já quase refeita do susto e lembrando-se do tamanho do seu cansaço.

-Eu não estou gordo,você que emagreceu!

- Serio,é?

- Sério,continua uma tchutchuca!

-Ah jura? Eu até to com umas gordurinhas localizadas aqui do lado olha, mas ....sai da minha casa!

-Olha, eu reconheço que tenha errado invadindo sua casa...

-Vou dar queixa do porteiro!

-De qual?

-De você e do Severino! Eu não sei por que cargas d’água alguém deixa você de porteiro de um prédio!É por essas e outras que eu fui embora daquela cidade...

-Eu sou um rapaz responsável agora!

-Você invadiu minha casa !

- Ah Marielle vira esse disco! Eu venho de tão longe pra te ver e é assim que você me trata? Eu entendo que você tenha um ficado um pouco zangada por que invadi sua casa e também por que eu não costumava ser muito honesto com você...

-Daniel você namorava mais três garotas além de mim!

- Ninguém é perfeito né...

-Sai da minha casa e sai agora!

-Você não mereceu!

-Ninguém merece! Olha já faz tempo, eu tinha o que?Quinze anos?

-Dezessete!

-Então olha só quanto tempo faz!Isso nem me passava mais pelas idéias, sério!

-Então você me perdoa?

-Claro que sim! Quem sou eu pra não perdoar alguém!Tá mais que perdoado, agora por favor retire-se!.

-Olha eu sou uma pessoa seria agora,eu até me converti!

-Isso tudo é muito bom mesmo,mas volta pra sua casa agora!

-Eu viajei muito tempo estou cansado! E não tenho onde dormir.

-Tá ,e daí?

-Eu não conheço mais ninguém nessa cidade ...

-Isso é problema meu?

- E não tenho mais dinheiro além do da gasolina da moto!

- Isso é problema meu?

- Marielle!

-Puxando pela memória foi exatamente isso que você me disse quando eu te disse que te amava e você nem deu a mínima. Ou foi quando você me encheu o saco pra perder minha virgindade e eu disse que não queria por que não tava pronta? Engraçado que você vivia falando que tava na seca e tinha outras três esperando...sabe, foi até bom você vir aqui!

-Que bom que você finalmente reconheceu!

-Sim..pra eu lembrar essas coisinhas que me deixaram tristes por um bom tempo e ah meu Deus...qual o numero da policia mesmo?

-190...

-Obrigada!-disse Marielle tirando o celular da bolsa.

-Peraí, você vai....Não, não faz isso, o que passou ,passou ,eu só quis fazer uma surpresa...

-Alô é da policia....?

-Marielle eu vou embora, juro, olha não precisa fazer isso...

- Um maluco invadiu minha casa e não quer sair ...vocês poderiam por favor mandar uma viatura...?

- Marielle por favor, você não vai ser maluca a esse ponto...

-O mais rápido possível por favor,eu estou sozinha aqui e ele é muito perigoso....ah o endereço é rua...

- Marielle por favor não precisa tanto. Em nome do nosso amor ,desliga já esse celular...

- Obrigada ! -disse Marielle desligando o celular.

-Você chamou a policia mesmo ...Eu não mereço isso, eu vou embora...

-Ah não vai mesmo agora você fica...Faço questão de te ver indo num camburão....

-Eu não sei mesmo por que tive essa idéia infeliz de vir até aqui...

-Nossa,finalmente um raciocínio de gente nessa sua cabeça de cachorro...

-Eu ainda não acredito que você chamou mesmo a policia...

-Ah é? Então espera só um pouquinho e você vai ver....a policia aqui é bem eficiente sabe....

-Marielle escuta bem...eu só vim por que pensei que você estava bem agora,não é?Que a gente muda desde os dezessete não é mesmo?

-Pra você ver. Agora se eu quisesse alguém deitado no meu puff, da minha sala, da minha casa, seria o meu namorado,não você.Veja bem,você vai passar a noite preso pra aprender a deixar de ser besta, depois eu vou lá e retiro a queixa e você é solto,queridinho. Pronto. Resolvi seu problema.Na cadeia você vai poder dormir e comer sossegadamente.

-Com mais trezentos na mesma sela, Marielle!

-Se me der na telha eu vou lá e retiro a queixa. Se não, eu deixo você lá por algum tempinho...

-Marielle, quando eu ia imaginar...

-Ai olha a polícia já tá subindo!-disse Marielle olhando pela janela.

-Marielle não faz isso, meu bem.

-Se tem uma coisa que você que se diz tão esperto não aprendeu é não dê nunca a uma mulher uma chance para ela se vingar de você.

Dois policiais bateram na porta. Marielle abriu:

-É esse moço mesmo que invadiu minha casa. Pode prender ele e o porteiro,que foi quem ajudou.

-Marielle não faz isso....

-Isso é pra você aprender que não tentar tirar a virgindade de mocinhas indefesas. Boa noite e durma bem.Daniel.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sempre Clarice.....

"...Estou procurando, estou procurando, estou tentando entender. Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna, que me impossibilitava de andar, mas que fazia de mim um tripé estável. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar, mas a ausência inútil dessa terceira perna me faz falta, me assusta..."

(Clarice Lispector- A paixão segundo G.H.)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Amor de Pai


“ Ele poderia muito bem ter pelo menos dezenove. Dezoito que fosse.  Pelo menos dezoito, meu Deus, para não ser tão mal. Dezoito para não soar tão ruim...”

Eu ainda olhei a chuva cair . Ela insistia há uma semana. Eu queria morrer, como em tantas outras vezes o quis, tantas vezes que morrer virou tão banal que pareceu pouco, talvez eu quisesse só deixar de ter visto as coisas, talvez isso fosse ainda maior que morrer. 
As cadeiras, as mesas, os pôster de campanha, endereços de ongs nas paredes e as pessoas. Pessoas e mais pessoas. Transitavam de um lado para o outro os homens fardados, seguravam a burocracia na prancheta como se fossem a cura do cancer, do meu lado uma travesti acendeu um cigarro "Raça ruim do caralho!" murmurou.
Eu sorri. O estado criara mesmo uma raça de humanos de pouca ou nenhuma sensibilidade ( a sensibilidade que havia decerto de ser um defeito posto que nos torna vulneráveis, seres humanos que não sentem não se findam e eu ali já me via escorrendo ralo abaixo, como resto de água de banho) e no final a lei me parecia cada vez mais transformar o mundo numa enorme pré escola onde não podia mais nem mesmo ter poder sobre meus próprios pulmões, se assim os quisesse destruir, segregando-me aquela varanda imbecil por cinco intermináveis minutos até o filtro se queimar entre meus dedos. O frio aumentava.
E se eu dissesse que não havia visto nada, ninguém me acreditaria, afinal de contas eu estive  lá, não estive, de frente para ele? Eu não vi os olhos piscarem freneticamente antes de irem embora? Sabe Deus que oceano eu teria de engolir para conseguir esquecer aquela cena. 
         Todos os dias eu ia até o Colégio ouvir os alunos e os problemas que eles tem, por que os adolescentes têm sempre os mesmos problemas, os pais tem um pouco de preguiça de contar pras crianças como funciona o mundo e as pobres crescem achando que casamento dura pra sempre e só se é feliz se os pais não se separam. Mas quando bate a meia idade e todos resolvem virar tão adolescentes quanto os próprios filhos, a coisa vira um caos, mas o problema do Isaac era diferente por que o pai dele nunca tinha se casado, ele era adotado, deixaram o menino na porta da igreja, o pai era sacristão, ministro e diácono e tudo o mais que se pode ser , encontrou a criança e adotou. Uma fila beatas caridosas logo se formou na porta de sua casa, dispostas a ajudar o pobre homem solitário a criar o meninote, Isaac era filho do pai e da paróquia. Amém.
 Isaac que não entendia das coisas, nascido ontem, via recair sobre si as mais sublimes previsões, era a semente plantada de um popstar da fé, o próximo a vender milhões de discos e arrebatar fiéis. Ele não parecia estar muito feliz com isso, na verdade até gostava de cantar e tinha mesmo uma voz boa, apesar da idade de seus tropeços hormonais. 
Eu as vezes sonhava que ele tinha vinte anos. Vinte e dois. E dormia em paz. Mas sua ficha escolar na minha não por tantas vezes não me deixava sequer uma ilusão, ele tinha dezessete, mal completos dezessete anos.
       O homem saiu na porta e me chamou, já fui disposta a não lhe contar nada, minha vida não era da conta de ninguém já não bastava o que ainda haviam de falar de mim por ai, jornais baratos explorariam o caso como hienas famintas, tão claro saber, capaz de ser linchada.
Eu disse, eu era psicóloga, quer dizer, fazia o estágio no colégio, nós ficamos muito próximos, isso é comum nesses casos, o senhor sabe bem. Não havia nada demais, eu apenas o estimulava a seguir seu próprio caminho, essas coisas que os seres humanos tem direito, a própria vida a decidir entende?
O delegado obviamente não entendeu e foi direto ao ponto. Olhei para ele durante alguns segundos antes de responder . Ele não tinha nada de parecido com os de filme, tinha um cheiro bem forte de suor por sinal, o que eu não daria para sair correndo dali no meio da chuva?
Não senhor, eu menti, esse é o mais perfeito absurdo, nós nunca tivemos nada. Isso é apenas especulação. O pai dele tinha sérios distúrbios, criou uma realidade paralela, nunca houve nada que pudesse ultrapassar as barreiras do aceitável entre mim e aquele garoto.
Mentira, mentira, mentira. Houve uma , duas e três e assim seriam infinitas vezes até que nos fartássemos de sermos felizes, e a culpa parasse de me corroer, foram muitas as vezes e ainda seriam outras. E como era dor pura dizer que não haveriam mais de ser. 
 O homem pareceu não convencido com minha negativa, mas também não se preocupou muito com isso, afinal de contas não havia muito que fazer naquele caso. Perguntou-me sobre o pai. Ele também sabia que ele era louco. E agora não havia duvida alguma, o pai agira por puro desespero ante a decepção, tem gente que não lida bem com isso, eu já disse, acabar com a realidade que acreditamos ser a ideal é um rombo enorme. Enorme... Ele via o filho fazendo sermões paras multidões, cantando para fiéis em transe catártico. Um popstar sagrado pode-se dizer assim...Eu morreria de rir se alguém viesse me contar e não tivesse acontecido comigo.Continuei:
- Vocês tem bons psicólogos, vão chegar a bons resultados. Eu não tenho mais nada a dizer, senhor, se me permite ir embora, estou exausta, preciso descansar tenho negócios a cuidar, se é que o senhor me entende.
Ele consentiu, eu terei que voltar diversas vezes ali ainda, mas se tem uma coisa que nunca fiz foi cair em contradição, muito se falará ao vento,mas nada se fará, bons antecedentes, me culpar pelo que? Breve todos se convencerão que eu realmente era apenas uma amiga preocupada e não uma pedófila, corruptora de menores.Case closed.

Amor de mãe parte II

“As my life flash before my eye I’m wondering will i ever see another sunrise?So many won’t get the change to say goodbye, but It’s too late to think of the value of my life...”(Russian Roulette)

O Zacarias nunca ficou muito tempo no seminário, por que acabaram concluindo por lá que ele não tinha vocação nenhuma, caso perdido apenas tentar convencer a mãe dele disso.Conversamos duas vezes.Os olhos ferozes e fervorosos, o medo de ficar sozinha, mãe de padre é mais paparicada do que sogra, por que não tem apenas uma nora, mas uma igreja inteira de fieis disposta a ajudar a mãe do santo.

Jamais disse ao Zacarias que a mãe biológica aparecera anos depois atrás de notícias, mas ele acabou descobrindo por si só porque ouviu uma conversa das duas pelo telefone. Preferiu calar-se fingir que não sabia de nada, desde pequeno sabia que com gente doida sempre se concorda, a mãe biológica ate então não fizera falta, só começou a sentir o peso da obrigação do seminário depois dos doze anos.

Quando voltava das compulsórias incursões no seminário voltava também ao colégio e a vida normal, as meninas olhavam os olhos azuis marinho não sem uma certa desconfiança, era bonito, dançava até muito bem também, mas elas preferiam os malvados. Enquanto isso, eu sempre buscando entre a barulhenta massa uniformizada um olhar do rapaz que nas tardes quentes aparecia no meu apartamento tomando uma coca e falando freneticamente das coisas do seu dia, eu ouvia, tomava nota, tomava coca, fazia amor.

Foi quando começou a chuva. Não parou mais, aquele céu plúmbeo, e muita água, descendo pelas calhas, eu fui levá-lo ate o portão, acabara de escurecer, era tão cedo, meu prédio era pequeno e não tinha porteiro, eu fui levá-lo ate o portão, ele andava mais cabisbaixo por que definitivamente iria embora, decidira uma dia antes, ia embora sim para qualquer lugar que fosse, aquela idéia que toma de assalto sempre as crianças, de fugir de casa e ser dono das decisões, quanta inocência, não podia mais conviver com ela, que o queria para si tão egoísta, só faltava fazê-lo ajoelhar no milho, doida, doida doída...

Eu me despedi dele discretamente, vá com Deus Zacarias, tire da cabeça essa idéia de fuga, é bobagem,você sabe ,fique bem, senão por você, por mim, eu me preocupo, na verdade era puro complexo de Édipo, eu só percebo isso agora, mas não me importa mais, por que só importa é que era, foi, bonito, ou não, foi.

Ele ia embora, atravessar a rua na bicicleta e veio o carro , ela era ainda uma mulher jovem , os braços gordos segurando o volante, então era isso, era fúria , ela o tinha seguido talvez, viu o beijo, aquilo não foi nada,ela já não pode afirmar nada,mas naquele momento gritava inconformada,meu filho, você se perdeu, havia algo de pastoso naquela voz, minutos se arrastando, ela ainda gritou antes de acelerar o carro, ele virou-se para ver de onde vinha o susto, o grito, o motor roncando, ainda tentou voltar para a calçada, mas o carro avançou para ele arremessando do outro lado da rua seu corpo e batendo num poste logo a frente.Em quem ela queria realmente acertar seu fiat, eu me pergunto, foram segundos que passaram como séculos de vida.Eu vi o carro virar ferro velho e me nunca na minha vida me importei tão pouco com um ser humano como naquele momento. Ela escolhera aquilo, ela e só ela.

A chuva continuava agora bem fraca , um sereno, parada onde estava vi Zacarias procurar conforto com os olhos pueris desesperados por respostas.E o silencio.Nem a chuva quis mais falar, calou-se, Zacarias e os olhos piscando frenéticos, que respostas, quais?

Fui sentando-me no portão, a cabeça entre os joelhos, dando tudo na vida para jamais ter visto nada, para ter nascido cega. Mas mesmo que a cegueira agora me atingisse de nada adiantaria por que já havia visto tudo e a única memória da luz que me restaria seria essa. Com a cabeça entre os joelhos eu fiquei até me tirarem dali, apática e presa num eterno replay. Com a cabeça entre os joelhos eu não quis er mais nada. Não quero mais lembrar.Tenho que voltar para minha casa, tenho que tentar fechar os olhos e dormir, por que agora a chuva parou de vez, a rua molhada reflete os postes, ainda está ali a lata de coca cola, no criado mudo, é melhor que limpem logo a rua, limpem o mundo, que eu preciso dormir. Amanha tenho meus mortos pra enterrar.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Homens

Rodrigo: Não, Dani, tá errado voce não pode confiar em homem nenhum!!
Dani: Mas como não, isso é um absurdo, Rodrigo!
Rodrigo: Danie não se confia em homem e ponto final.Confia em mim, sei o que estou dizendo por que também sou homem.
Dani: Estou confusa, é pra confiar ou não????

* Por via das duvidas é melhor não!